SENAI debate estratégias contra o apagão de mão de obra durante a INDEX 2025
Durante a INDEX 2025, o SENAI Bahia promoveu debate sobre a aprendizagem industrial como estratégia para combater o apagão de mão de obra qualificada na indústria baiana.

SENAI debate estratégias contra o apagão de mão de obra durante a INDEX 2025
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O SENAI Bahia reuniu especialistas e líderes empresariais nesta sexta-feira (29), durante a INDEX 2025, maior evento da indústria baiana, para discutir um dos maiores desafios do setor: o apagão de mão de obra qualificada. O painel “Aprendizagem Industrial: Estratégia contra o apagão de mão de obra” destacou a importância da formação de jovens aprendizes como caminho para suprir as lacunas da indústria e fortalecer a competitividade.
O debate foi mediado pelo jornalista Fernando Sodake e contou com as participações de Joaquim de Paula Filho (gerente de RH da Agrovale), Eliana Lima (coordenadora de RH da Heineken em Alagoinhas) e Luis Henrique Tapia (diretor de Sustentabilidade da Veracel).
Desafios da indústria e novas competências
Os participantes foram unânimes: a qualidade de uma organização está diretamente ligada à qualidade de seus profissionais. Porém, a indústria enfrenta dificuldades para encontrar talentos com as competências técnicas exigidas pelo mercado atual, muitas vezes ausentes na educação tradicional.
O quadro é agravado pelo envelhecimento da força de trabalho, pela dificuldade de transferência de conhecimento entre gerações e pela velocidade das mudanças tecnológicas. Conceitos como Inteligência Artificial (IA), ESG, cibersegurança e transformação digital já fazem parte do vocabulário do setor, mas ainda exigem adaptações rápidas.
Além disso, as novas gerações buscam ambientes de trabalho mais colaborativos, flexíveis e inclusivos. Lideranças rígidas, segundo os debatedores, afastam talentos e reduzem o engajamento das equipes.
Jovem Aprendiz como porta de entrada
O Programa de Aprendizagem Industrial foi apontado como ferramenta fundamental para a transformação social e produtiva.
Na Agrovale, o aproveitamento dos jovens aprendizes cresceu de menos de 10% em 2018 para 30% em 2025, com meta de alcançar 80%. “Começamos a enxergar o potencial do jovem além da cota. Criamos ações como o Grand Prix, que aumenta o senso de pertencimento e reduz a evasão”, explicou Joaquim de Paula Filho.
A empresa também investe em ambientes de segurança psicológica, inclusão feminina, já com 33% de mulheres em oficinas técnicas, e no diálogo intergeracional.
Na Heineken Alagoinhas, o projeto de Jovem Aprendiz aposta em turmas afirmativas. “Pessoas cuidam do nosso negócio, então precisamos cuidar delas. Falamos de felicidade no trabalho e temos medidores para isso”, afirmou Eliana Lima. A empresa já formou técnicos em Eletrotécnica e Mecânica, com 80% de efetivação, e abriu vagas também para pessoas com deficiência e profissionais acima de 50 anos.
Na Veracel, a aprendizagem industrial é encarada como solução para enfrentar o apagão de mão de obra.
“O apagão de mão de obra é uma realidade para nós”, declarou Luis Henrique Tapia.
A empresa tem apostado em programas de sucessão e manutenção de talentos, além de turmas especiais, como a que formou 20 operadoras de retroescavadeira pelo SENAI, todas contratadas.
Tapia também destacou a importância de valorizar profissionais mais velhos em papéis de protagonismo e de ouvir os jovens como estratégia de retenção.
Estratégia para o futuro
O painel reforçou que a aprendizagem industrial é um instrumento estratégico para formar novas gerações de trabalhadores, reduzir a evasão de talentos e preparar a indústria baiana para os desafios da inovação e da transformação digital.
Foto: Wilson Sabadin/Coperphoto/Sistema FIEB.
BomFm – André Bomfim.
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